Quase sempre a comunidade LGBTQIA+ vive assombrada pelo fantasma da associação a “algo ruim” ou ao “pecado” e esse espectro que vive ao redor da comunidade traz consequências devastadoras no mundo inteiro e principalmente no Brasil, m país violento para ser quem você é e amar quem você quer. Essas sequelas são inúmeras e vão desde desemprego, violência psicológica, violência física e infelizmente assassinatos. Apesar dessa generalização de dor a comunidade vai muito além e tem muita história para contar seja no cinema, na TV, nos livros ou dia a dia, a resistência e o amor sempre estão presentes pra viver mais um capítulo.

Quando se fala em capítulo, a comunidade escreveu um que mudou pra sempre a sua história em 28 de Junho de 1969 na cidade de Nova York. A série de revoltas e protestos contra a violência policial ficou conhecida como rebelião de Stonewall e levou a publico debates sobre a comunidade, sua existência e seus diretos. A rebelião teve liderança, também, da ativista Marsha P. Johnson e desde então a chegada de junho é celebrada, por isso e outros fatos vamos te indicar 5 produções impecáveis para você assistir celebrar o que há de mais belo na comunidade LGBTQIA+: O AMOR

1 – Heartstopper

A série baseada em HQ e desenvolvida pela autora Alice Oseman ganhou os corações de milhares fãs pelo mundo inteiro chegando a ficar por semanas no top10 mundial de séries mais assistidas da Netflix. O sucesso é uma mistura de diversos ingredientes como: Elenco preparado, trilha sonora encantadora e certeira, fotografia delicada e bonita, entre outros pontos.

Contudo o que mais chamou a atenção e pegou o publico foi a necessidade de uma história LGBTQIA+ com um final feliz, pelo menos momentaneamente, e a sutileza acolhedora que a série tem no seu desenrolar. A sensação que se tem quando assiste é que você precisava assistir e vibrar com a história de Heartstopper. Imagina você ter seus 14 ou 16 anos e estar tentando se entender em meio ao turbilhão hormonal da adolescência e acaba encontrando uma história sutil e feliz como a de Heartstopper. Um verdadeiro presente!

2 – how to get away with a murderer

A série criminal de 6 longas temporadas estrelada por ninguém mais e ninguém menos que magnífica e surreal Viola Davis, gira em torno de Annalise Keating que é uma professora de direito e advogada voltada para crimes. Annalise e seus alunos acabam se envolvendo em tramas de assassinatos e questões que poderiam ser simples acabam tornando-se uma bola de neve. A vida de Annalise torna-se um inferno e um por onde ela passa consegue fazer verdadeiros inimigos.

Apesar de plots interessantes e uma trama envolvente, chega um momento que a série se desgasta e torna-se um tanto repetitiva. Contudo a série apresentas tramas LGBTQIA+ com um casal Connor e Oliver e a tão pouco falada bissexualidade da protagonista Annalise Keating. Apesar de tocar nas questões da comunidade é importante ressaltar que essas questões poderiam ser apresentadas de outras formas, mas já vale a dica para quem gosta de tramas criminais e com diversos desfechos.

3 – Pose

Beleza, poder, luxo, drama, temas importantes, entrega total de um elenco afiado e com muita diversidade. Todos esses elementos fazem pose ser o sucesso que é. Essa é uma daquelas obras que vai te conquistando aos poucos e quando ver você já está pensando se Blanca Evangelista iria aprovar sua decisão de desistir do seu grande sonho e deixar as circunstâncias te engolir.

Brincadeiras a parte a trama de Pose é poderosa e divina, suas 3 temporadas mostram as tristezas que a comunidade teve de enfrentar durante as transformações no fim da década de 1980 e as alegrias que a mesma teve que se apoiar. A obra tem a missão de fazer o telespectador entender o senso de comunidade e família que envolve a comunidade LGBTQIA+ mesmo em meio as disputas que aconteciam nos bailes. Pose é um verdadeiro luxo com um elenco de peso e um roteiro cativante, a série traz nomes como Billy Porter, MJ Rodriguez e Dominique Jackson para o cast e todos brilham divinamente em seus papeis. Certeza que você não irá se arrepender da indicação

Por fim, o que a comunidade LGBTQIA+ precisa é mesmo celebrar, celebrar o amor e respeito e também os espaços que a mesma vem ganhando no cinema e TV seja no drama, na comédia, no romance adolescente ou em alguma série criminal. A diversidade deve estar em todos os espaços pois é exatamente dela que a sociedade é feita e é preciso exigi-la e protegê-la gostemos ou não. Viva o mês do orgulho!