Há anos o Cinema e a TV ditam grandes regras e moldam a sociedade com suas produções de sucesso. Seja com bordões de personagens ou com roupas e adereços de super-heróis, essas obras estarão presentes no dia a dia da sociedade. Entretanto, é quase visível que as produções não contemplaram toda a sociedade, pessoas pré-pretas, LGBTQIA+, indígenas e entre outros nunca foram vistos em papéis e quando chegaram a ser pessoas extremamente problemáticas e estereotipadas.
A verdade é que ainda temos esse grande problema de representatividade nas produções no qual as pessoas não se reconhecem nelas e não se sentem parte ou que podem realizar seus sonhos como de ser ator ou atriz, mas é preciso observar que foram feitos avanços significativos e grandes exemplos são nomes de destaque do cinema como Viola Davis, Will Smith e também as sitcoms de sucesso não só nos EUA, mas também no Brasil, dos anos 2000 como: Eu a patroa e as Crianças, As Visões da Raven e Todo Mundo Odeia o Chris.
1 – As Visões da Raven
Quem Cresceu nos anos 2000 vendo as tardes e começo de noite do SBT, com toda certeza ficou viciado em um dos maiores sucessos do canal infanto juvenil Disney Channel. Raven é uma adolescente um tanto diferenciada já que ela consegue prever o futuro com suas visões, mas suas emoções e sonhos da juventude acabam colocando ela e seus amigos em situações constrangedoras e inusitadas.
A comedia que encontramos na series é leve, mas de forma sutil toca em assuntos mais sérios como o próprio racismo. O fato é que as visões da Raven traz um elenco majoritariamente de pessoas negras e mostra uma família sendo e vivendo quase que normalmente, se não fosse as visões da Raven é claro! Aqui os produtores da série entenderam que atores negros não servem apenas, ainda que seja extremamente importante falar e combater o racismo, para papéis que envolvam algum tipo de violência do Estado ou da sociedade.
2 – Eu a patroa e as crianças:
Conflitos do cotidiano de uma família sempre são mostrados nas grandes produções pelo mundo a fora, contudo em Eu a patroa e as crianças a ironia e o sarcasmo que envolve as piadas traz um diferencial digno e altamente interessante de se assistir. Os membros da família que Michael e Janet construíram são diferentes entre sí, mas no fim das contas o amor entre todos é muito maior. Com seu episodio final em 2005, Eu a patroa e as crianças é uma série sobre uma família negra que se ama apesar dos conflitos que podem existir.
3 – Todo mundo odeia o Chris
Essa é uma das séries que tem poder de gravar os diálogos, icônicos por sinal, na sua mente e você nunca mais se esquecer. Afinal, quem não lembra da Rochelle se demitindo e se gabando “Eu não preciso disso, meu marido tem dois empregos”. Chris Rock, no qual a série se inspira na sua adolescência, tem o poder de trazer as situações da sua infância e juventude em uma espécie de tragicomédia.
A releitura do cotidiano da diferenciada família do Chris e como ele enfrenta as questões do racismo escancarado, pelo Caruso por exemplo, ou velado, pela professora Morello, são o ponto central da série que se passa nos anos 80 em um bairro periférico da cidade de Nova York nos EUA. O humor acido e inteligente que toma conta das quatro temporadas é o ingrediente principal para o tamanho sucesso nos EUA e no Brasil também.
Essas três produções de sucesso são alguns exemplos de como é importante ter representação no audiovisual como todo, uma representação justa e livre de estereótipos. Espera-se que o avanço continue e que mais pessoas posam entender que podem chegar em qualquer lugar pois existem oportunidades para isso. .