Review 03x01: "We’re Not Worthy"
Após quase 1 ano, Legacies, uma das séries mais amadas da CW da atualidade (e talvez uma das mais odiadas na mesma intensidade), retornou para a 3ª temporada no dia 21 de janeiro. Seus 4 primeiros episódios, que, na realidade, são os últimos da 2ª temporada, já foram ao ar e continuam nos mostrando o rumo que a série não mostra sinal de largar, mas deveria.
O retorno, não trouxe nada de tão interessante para a abertura da temporada, já que este primeiro episódio seria originalmente o episódio de número 17 da 2ª temporada, que precisou ser encerrada mais cedo por conta da pandemia de coronavírus. Este primeiro episódio começa com Alaric, o diretor da Escola Salvatore discursando sobre os episódios turbulentos que os alunos enfrentaram durante 2 anos - ou durante toda uma vida. Josie é boa de novo, não usa mais magia negra e toda a Escola está a salvo. Exceto que Hope e Landon não acordam.
Para distrair os alunos deste detalhe, Alaric os coloca em “um dia de campo”, para que eles possam ficar longe da Escola enquanto o diretor tenta recuperar Hope e Landon. Aqui, vale salientar que mesmo sendo uma escola para adolescentes sobrenaturais, eles ainda são adolescentes. A Escola os manda para um dia de campo sem um adulto responsável pelos alunos, fato que não se mostrou em atividades extracurriculares parecidas em temporadas anteriores: sempre tinha Dorian ou o próprio Alaric supervisionando os alunos.
Alunos distraídos, Alaric tenta sair em busca da solução para que Hope acorde e aí nos aparece Landon, mais conhecido como o personagem mais chato da série, que resolveu ter uma síndrome de herói, insistindo em não cumprir uma parte do acordo feito pelo “Super Esquadrão” com o Necromancer. A fênix, então, tem a ideia de não voltar ao seu corpo para que Necromancer, um dos vilões mais patéticos que já existiu na história das séries, não receba a magia negra prometida no acordo para salvar Josie, Hope, Landon e consequentemente, toda a Escola Salvatore.
Então, descobrimos que Hope não quer acordar porque o namorado também não acorda. Isso mesmo, a personagem que escolheu os amigos poucos episódios antes, sabendo da possibilidade da morte permanente do namorado, agora escolhe dormir porque ele “morreu”. A revirada de olhos é inevitável, mas continuemos.
O episódio se divide em cenas na Escola Salvatore, com Rafael tentando convencer Landon a voltar para o seu corpo, e acontecimentos no dia de campo, onde novos monstros aparecem para atrapalhar o dia de folga dos adolescentes sobrenaturais. Mas vamos por partes.

Josie, que através da enorme quantidade de magia negra que absorveu (que tem esta versão carinhosamente apelidada pelos fãs de Dark Josie), ameaçou matar a irmã gêmea e toda a Escola em episódios anteriores, agora sofre bullying dos outros alunos, tendo que lidar com as consequência das escolhas da sua versão malvada. É durante um episódio de bullying que novos monstros aparecem, libertados de Malivore. São eles Nimue, a Dama do Lago e o Cavaleiro Verde, ambos baseados na lenda do Rei Artur e a Excalibur.
Nimue até que não é um dos piores “monstros” que saiu de Malivore. Ela se resume a olhar para a Excalibur, dizer frases que pouco esclarecem e ajudam enquanto espera alguém digno para derrotar o Cavaleiro Verde, que se aproxima lentamente da espada. Mesmo assim, a Dama do Lago é até legal, mas é difícil engolir a caracterização da personagem que mais parece um cosplay mal feito, com a maquiagem do rosto que muda de cor e que possui um tom diferente do resto do corpo. Alô, CW! Vamos melhorar nisso aí, hein? Se é pra trazer monstros que já não suportamos mais, traz bem feito.
Enquanto o Super Esquadrão pensa, tenta e falha em derrotar o Cavaleiro Verde, na Escola Salvatore, Rafael tenta convencer Landon a voltar ao seu corpo e que só sairá para ajudar o restante dos amigos quando o babaca, digo, a fênix obedecer (podem se acostumar, não vou esconder o quanto detesto este personagem). Por mais inusitado que pareça, é Rafael que salva o dia. Sim, Rafael, o personagem que em duas temporadas não teve destaque algum ou motivo para ser especial - além de ser um lobo -, salva o dia. Ao conseguir empunhar a Excalibur e derrotar o Cavaleiro Verde, Nimue revela que ele deve ser descendente do Rei Artur e por isso, digno de empunhar a espada.
Rafael é herói, Landon deixa de pirraça e volta ao seu corpo. Tudo lindo e feliz. Ao se encaminhar para o final do episódio, a querida (nem sempre) Julie Plec, showrunner da série, se contradiz e nos coloca Hope acordando de seu sono com um beijo não consensual, que foi criticado pela própria personagem no episódio anterior, o último da 2ª temporada. Isso mesmo! A tríbida, filha de um vampiro original, de uma lobisomen de uma linhagem da realeza e neta de uma bruxa original, Hope Mikaelson, a única de sua espécie e o ser mais poderoso do TVD Universe, escolhe dormir e acorda com um beijo - não consensual - como se fosse a Bela Adormecida. Situações que fazem a gente parar e se perguntar que rumo é esse que a série está tomando.
Foi um retorno que teve altos e baixos, mais baixos que altos, mas também nos trouxe fofura. Pudemos perceber que Lizzie e MG estão cada vez mais próximos, que a bruxinha tem permitido se aproximar do vampiro. E vamos combinar que Mizzie é o único casal hétero shippável nesta série.
O episódio termina com Chad morrendo e Alyssa preocupada com seu destino, uma vez que ela já estava morta e teve seu corpo ligado ao dele para poder voltar a viver. Necromancer propõe, então, que a bruxa seja sua aprendiz. E aí é só mais um recado piscando na nossa cara: “trouxa”. Sim, vamos ser obrigados a acompanhar esse plot do Necromancer sabe-se lá por mais quantos episódios.